Guarda-roupas particular
Nunca se sabe então
Quando será a última vez
O frio vai percorrendo a espinha
Deixando seus rastros de medo
De sentidos não usados por corpos
Que se disfarçavam de algemas
Traída ilusão
Vontade de não se deixar separar mais
Invisível liberdade
Decaídas em versos
Múltiplas facetas e o espírito em desordem
Você sem juízo
Acenando e sorrindo pra mim
Como quem já sabe o fim da história
No meio do milharal
E foi lá que te amei pela primeira vez em sonho
Te despi e coloquei tuas vestes em meu guarda-roupas particular
Alinhei nossas ideias
Amarrei nossas costas
E uni nossos seios
Lhe penetrei pelo meio
Cacei teu fundo
Capturei teu recheio
Hoje sinto teu mais puro gosto
O teu suprassumo saboreio
Foi só um dia de loucuras
Foi um dia de veraneio
Belas curvas encontrei em tuas estradas
Minhas vaidades tão turvas
Me fizeram me identificar em tuas entradas
Enverguei meus caprichos
Acenei para a covardia
Você não viu
Sentei sobre a calçada dos apaixonados
E desenhei mil corações abandonados
Voando sem destino
Presos a sentimentos que já haviam partido fazia tempo
Enviei ao mundo minha resposta
Continuei indiferente aos casulos emocionais que se
abrigavam em minha alma
Quis ser só tua
A ponto de não ter mais pelo que existir
Quis me dar nua
Pra que você não pudesse mais resistir
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